vendredi 14 janvier 2011

Não adianta procurar razão em você
O acaso te trouxe até mim
O amor tem disso só por prazer
E não é por ser estapafúrdio que eu vou me esquecer.

De você aqui, surgindo do nada perto de mim
Como uma aparição, fruto da fascinação
De um delírio ou de uma obstinação 
Sem motivo ou razão

Desvendar a emoção
Inútil até então,entender com a mente
A ausência da razão

Porque te ter é um mal necessário
Quando não estás aqui?
Se estivesses aqui perto
Não seria tão vital assim.

Matar o tempo, arquitetando a hora de te ver.
Prevendo meados do destino para tentar entender
Ou pelo menos tentar prever
Aquilo que desejaria ser

Passar noites acordado
À deriva do destino
É muito obstinado
E sem o menor atino

Me abstrair daquilo que não me convém
Mas tudo é inconveniente quando você não vêm
Acabo isolada, muda e abstrata
E a carcaça espera o que o espírito não tem
Como se toda esta loucura fosse o maior bem
Mas não é bem, amar o que não se tem
E se não tem,talvez seja porque não convém

Mas qual coração apaixonado,
Quer entender o destino,
Quando este lhe nega o amado,
Lhe trazendo o desatino.

...

Gabriela Coutinho

 14/1/11

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