
Quem sou eu?
Não sou nada,
Nõ sinto nada,
Vim do nada,
E para o nada voltarei.
Um nada sorridente,
Satânico e atraente,
Niilismo decadente,
Que vem entrementes,
De animais que se julgam gente,
O Vômito do mendigo,
As fezes do marginal,
O pûs do Leproso,
Tudo de mais podre,
Tudo de mais belo,
O niilismo,
Era para ter gosto de nada,
Era para ter cheiro de nada,
Era para ser nada,
Niilismo, tudo faz, nada faz
Tudo transforma, nada transforma
Era para não ser nada
Mas, com as percas dos valores
Virou tudo.
O niilismo tudo pode, tudo faz.
Mas tudo volta e torna a dizer,
O niilismo decadente,
Que mata milhões de gentes
A espécie decadente,
Que autointitulou-se dona do mundo
Bípedes, parecem cavalos
Mamíferos, parecem cobras
E nada mais,
Há a se fazer,
Alegre ou triste,
Te vejo morrer.
Sentimentos não tem nome
Algo sem fim, nem começo
O niilismo decadente,
Que mata massas de gente
Judeus, seja ou não indigentes,
Marginais ou apenas decadentes
A dor abrangente
Ao coração que pulsa
O olhar decadente,
Ou quem sabe de repulsa
A mente que planeja
Fugir daqui
Lá se sabe
Se vai sem mim
São todos indigentes
Malditos ou decadentes
Ateus ou crentes
Pretos ou brancos
Não sentem nada,
Não são nada,
Vão para o nada,
Do nada vieram.
Um nada sorridente,
Satânico e atraente,
Niilismo decadente.
Que vem entrementes,
De animais que se julgam gente.
Nada mais há a dizer, nada mais há a sentir, o que me resta?
Apartai-vos de mim.
Gabriela B.C. 04/06/08
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