mercredi 4 juin 2008

Quem sou eu?


Quem sou eu?


Não sou nada,

Nõ sinto nada,

Vim do nada,

E para o nada voltarei.


Um nada sorridente,

Satânico e atraente,

Niilismo decadente,

Que vem entrementes,

De animais que se julgam gente,


O Vômito do mendigo,

As fezes do marginal,

O pûs do Leproso,


Tudo de mais podre,

Tudo de mais belo,

O niilismo,


Era para ter gosto de nada,

Era para ter cheiro de nada,

Era para ser nada,


Niilismo, tudo faz, nada faz

Tudo transforma, nada transforma


Era para não ser nada

Mas, com as percas dos valores

Virou tudo.


O niilismo tudo pode, tudo faz.


Mas tudo volta e torna a dizer,


O niilismo decadente,

Que mata milhões de gentes

A espécie decadente,

Que autointitulou-se dona do mundo


Bípedes, parecem cavalos

Mamíferos, parecem cobras


E nada mais,

Há a se fazer,


Alegre ou triste,

Te vejo morrer.


Sentimentos não tem nome

Algo sem fim, nem começo


O niilismo decadente,

Que mata massas de gente

Judeus, seja ou não indigentes,

Marginais ou apenas decadentes


A dor abrangente

Ao coração que pulsa


O olhar decadente,

Ou quem sabe de repulsa


A mente que planeja

Fugir daqui

Lá se sabe

Se vai sem mim


São todos indigentes

Malditos ou decadentes

Ateus ou crentes

Pretos ou brancos


Não sentem nada,

Não são nada,

Vão para o nada,

Do nada vieram.

Um nada sorridente,

Satânico e atraente,

Niilismo decadente.

Que vem entrementes,

De animais que se julgam gente.


Nada mais há a dizer, nada mais há a sentir, o que me resta?

Apartai-vos de mim.


Gabriela B.C. 04/06/08

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