
Andava, sozinha na rua
São Paulo, Terra da Garoa
Terra das ruas vazias
Os prédios me miravam,
Os corvos me admiravam,
Os mendigos me invejavam,
E a vida não me entendia,
Quando tudo se resumia à tarde,
Sem mais existir noite ou dia,
Era para lá que eu ia,
Chorar,
O pranto no olhar se precipitava,
Como as almas se precipitam no precipício,
E almas, no inferno, crepitavam,
Quem sabe esse, era um hospício,
Andava pela rua,
Olhando o céu,
Esperava dádivas do universo,
Quando baixei os olhos,
As encontrei nos olhos de um mortal,
E nunca mais procurei nada no céu...
Gabriela B.C.,São Paulo, 2008
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