mercredi 2 juillet 2008


Andava, sozinha na rua

São Paulo, Terra da Garoa

Terra das ruas vazias

Os prédios me miravam,

Os corvos me admiravam,

Os mendigos me invejavam,

E a vida não me entendia,

Quando tudo se resumia à tarde,

Sem mais existir noite ou dia,

Era para lá que eu ia,

Chorar,

O pranto no olhar se precipitava,

Como as almas se precipitam no precipício,

E almas, no inferno, crepitavam,

Quem sabe esse, era um hospício,

Andava pela rua,

Olhando o céu,

Esperava dádivas do universo,

Quando baixei os olhos,

As encontrei nos olhos de um mortal,

E nunca mais procurei nada no céu...


Gabriela B.C.,São Paulo, 2008

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