jeudi 14 août 2008

Desgraça da rua de baixo.


Andava na rua,

Se achava dona do mundo,

Seu modo imponente,

Sua confiança latente,

Orgulho profundo,

Se achava a melhor,

Quem sabe a maior,

Andava confiante em si,

Num precisava de ninguém,

Não confiava em ninguém,

Sua existência,

Sua maior confiança,

Nesses dias de andança.

Volta e meia orava,

Pra ver se Deus alumiava,

Seu grande caminho,

Nesse mundo sozinho,

Orava por dúvida,

A sua vida era sua,

Tão confiante quanto a Lua,

De que dali não cai,

Mas cada dia orava mais,

E Deus dava confiança, esperança e segurança.

Pois é,

Deus é bom...


Andava confiante,

Tiroteio na rua de baixo,

Correria da polícia,

Bala perdida,

Donatella morreu,

Cheia de confiança e esperança...


Gabriela B. Coutinho, 14/03/08


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