
Há um abismo entre o gostar e o amar,
Que é imenso,
Abismo de horror intenso,
Que dilacera nossas almas como um tormento,
Há um abismo entre a morte e a dor,
Pavoroso,
Que faz o amar,
Ser um ato doloroso
Um tormento pavoroso,
Que nos faz não querer
Acordar de novo.
Uma dor em ser,
Uma dor em amar.
Uma dor em estar.
Há um abismo entre o céu e o inferno,
E nele há milhões de abismos,
Também
Ora chamados alma,
Ora chamados coração.
Faça do inatingível
Sua grande paixão,
Ame o impossível.
Com grande devoção,
Dilacere e destrua seu coração,
Nas horas vagas,
Que passam pelo tempo,
Sem um mistério ou tormento,
Abismo não é mistério,
Mas é mistério não haver mistério
E a vida
Em que não há mistério.
Esta é um abismo.
Gabriela B. Coutinho, 18/08/08 São Paulo
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