jeudi 2 octobre 2008

Uma procura...





Hoje eu já sei

Que tudo que eu procuro,

Tudo que eu quero ser,

Não vou conseguir

Achar em você,

Talvez ainda procure essa noite,

Sabendo que não devo,

Me culpando talvez,

Procurando num alguém

O que eu perdi em ninguém,

Apenas em mim,

Já sei,

Que eu não sei o que é

Tudo aquilo que por instinto eu deveria saber,

Talvez não esquecer,

Em busca do amor-próprio

Que me faça saber

O monstro que foi você,

Hoje a tarde

Eu me vi no campo

Estava apanhando uma rosa no chão,

Aí eu vi uma mulher de uns trinta anos,

Solteira por opção,

Era desenhista e também professora,

Tinha acabado de chegar da França,

Mas tinha um filho,

Um garotinho de três anos,

Ela sorria,

Eles brincavam,

E ela estava muito feliz,

Ela tinha nos olhos o brilho,

De quem encontra o que tanto procurou,,

Uma babá veio buscar a criança,

E quando a mulher ficou só,

Ela olhou para o céu rosado da primavera,

E sorriu sozinha,

Acho que ela era feliz.

Essa mulher olhou para mim,

Mas na verdade, ela não podia me ver,

Mas quando ela me olhou

Eu vi,

Oras, que essa mulher era eu!


Uma flor ao entardecer 03/10/08, Gabriela B. Coutinho

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